sábado, 24 de janeiro de 2009

Pegue seu bebê no colo!!

Quem já leu meu depoimento sobre a descoberta do sling já ouviu falar do livro "101 maneiras de criar um bebê feliz" de Lisa McCourt.
Semanalmente vou compartilhar com vocês um pedacinho do livro que me despertou para uma forma mais consciente de maternidade.
Antes de a Luisa nascer eu dizia aos quatro ventos que ela iria dormir no quarto dela, pois ela tinha que saber qual é o espaço dela e respeitar o nosso. Aí, ganhei do meu marido esse livro.
Ele fala sobre atachment parenting - forma sensitiva de criar os filhos, de se conectar com eles e reconhecer sua necessidades para um crescimento emocionalmente seguro e saudável - embora não tenha nada entitulado assim.
Quando li, fiz até algumas anotações ranhetas dizendo que o livro ensinava a criar um bebê mimado, mas no fim das contas, a coisa foi tomando conta de mim de uma forma TÃO natural que não tinha mais o que questionar.
E acabei tendo um parto normal (dois naturais depois que mais algumas fichas cairam) amamentando em livre demanda e exclusivamente por 6 meses. Pratiquei amamentação prolongada, amamentei grávida, amamentei duas ao mesmo tempo, pratique cama compartilhada e... tcharam!!! BABYWEARING intensivo!
E tudo isso foi acontecendo de uma forma tão obviamente natural, que até estranho que alguém ache que pode ser diferente disso. Enfim... vou transcrever aqui, uma vez por semana, um tópico interessante do livro.


Pegue-o no colo!
Pegue-o no colo!Algumas décadas atrás, a cultura ocidental aceitou a bizarra idéia de que é bom para o bebê chorar sozinho. Nenhuma sociedade primitiva compartilhou essa opinião anormal, assim como não o faz a maioria das culturas contemporâneas. Na verdade, muitas sociedades reconhecem uma fase de transição durante a qual o contato entre mãe e filho é essencial. Acredita-se que são necessários nove meses dentro do útero e nove meses de intensivo cuidado materno fora do útero para preparar de forma adequada um pequeno ser humano para passar qualquer tempo sozinho. Os componentes necessários da segunda fase de nove meses, a de transição, são o contato próximo entre a mãe e o bebê, a resposta imediata ao choro e a amamentação até pelo menos os dois anos de idade. Por mais radical que isso possa parecer, é algo comum fora da cultura ocidental. Os antropólogos declaram repetidamente que uma das diferenças mais notáveis entre os bebês do mundo ocidental e os de sociedades primitivas é o fato de que nestas eles raramente choram e, se o fazem, geralmente são pegos no colo de imediato e amamentados ou acalmados de alguma outra forma. Muitos especialistas agora no s dizem o que nós, mães, instintivamente sempre soubemos: não se deve deixar um bebê chorando sozinho. De acordo com o renomado especialista Lee Salk, pegar um bebê no colo quando ele está chorando ensina-lhe que alguém atende às suas necessidades, sejam elas de comida ou apenas da sensação física de ser segurado. Ele diz aos pais: "Não há problema algum no fato de uma criança chorar, o problema é ela chorar e não receber atenção."A maioria dos pais tentará determinar o motivo do choro do bebê para conseguir fazê-lo parar. Mas, com muita frequência, não há motivo aparente, e isso é perfeitamente normal e pertinente.

O bebê às vezes se sentem mal e anseiam por contato humano e amor. Se os pais o confortam quando acreditam que ele tem um motivo verdadeiro para chorar, mas o ignoram quando acreditam que ele não tem, estão ensinando-lhe que não se deve confiar nas pessoas. Ele sente-se confuso, impotente e indigno da atenção deles.O choro é o único modo de comunicação que o bebê tem! Quando o choro não obtiver resposta com suficiente frequência o bebê vai acabar achando que não se comunica com eficácia. Se essa opinião se formar quando ele ainda for bebê, permanecerá quando for uma criança maior.Na natureza, quase todas as mamíferas reagem imediatamente ao choro de seus filhotes. Elas o amamentam, lambem ou tocam, numa resposta automática a qualquer desconforto que percebam neles.Até mesmo as crianças, guiadas pelos próprios instintos, se apressam em ajudar um bebê que está chorando. Não deixe que conselhos ridículos de algum novo 'especialista' anule seu imperativo biológico para pegar seu filho no colo e acalentá-lo.

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